A nossa principal matéria-prima, o linho, tem muita história… Estudiosos afirmam que o tecido surgiu na Antiga Mesopotâmia, mas se popularizou no Egito Antigo, especialmente por conta do clima quente da região. Os fenícios, civilização que se situava onde conhecemos hoje como Líbano, Síria e norte de Israel, foram os responsáveis pelo ingresso do tecido na Europa Ocidental.
Com a necessidade de procurarmos alternativas mais sustentáveis para a produção de produtos diversos – como roupas –, é natural recorrer aos saberes antigos. E o linho se destaca não apenas por ser um tecido menos poluente, mas também por sua qualidade e por ser tão adequado para países quentes como o Brasil. Seu cultivo requer até 20 vezes menos água do que o algodão, por exemplo, e requer quantidades mínimas de fertilizante, o que não empobrece o solo.
Não foi à toa, portanto, que a Enfant BISU escolheu o linho como protagonista de suas coleções, em especial por ter decidido na fundação trabalhar com uma moda ética e artesanal. “Nós utilizamos matéria-prima natural, tanto em tecidos quanto em aviamentos, e aproveitamos o máximo de todos os recursos, evitando desperdício. Os mascotes Bisus, por exemplo, são feitos de resíduos dos nossos linhos”, conta Roberta Bolduan, fundadora.
E a trama das nossas peças é muito especial, já que além de tecidos nobres, escolhemos trabalhar com mão de obra artesanal e qualificada. Na contramão de outras marcas de moda, fazemos um comércio justo e pagamos salários adequados, além de empregarmos, na maioria, mulheres. Nos propomos também a revelar os locais de produção e as políticas trabalhistas da empresa, com o objetivo de reforçar o braço ético da nossa moda.
Mudar a indústria da moda não está ao nosso alcance, mas acreditamos que, fazendo nossa parte, podemos ser potência de transformação. Como em um efeito dominó, quanto mais marcas e clientes se juntarem a uma causa comum, mais fácil será a jornada da mudança. E sim, ela é possível: basta querermos alcançá-la.